Aquii , longe, digo o que espero.
Digo o que choro, digo o que quero, o que espero... Falo por momentos de tudo o que falhou e de tudo o que ajudou.
Passo a passo e sem hora marcada mas um tanto ao quanto nervosa folhei-o as memórias, lembro-me de tudo: digo o que lembro, digo o que sonho, o que espero...Falo por momentos de tudo o que acertei e de tudo o que errei.
Faço de conta que sou criança e salto para os baloiços no parque infantil da minha memória, onde se alojam o bichinho do nervosismo e a joaninha do passado. Digo o que fiz, digo o que imagino, digo o que espero...Falo, por momentos, de tudo o que ouvi e de tudo o que disse. Desses passos À beira mar, com confissões nas gotas de água, com sorrisos na espuma branca do mar, com olhares a envolverem-se entre as ondas que me banham os pés, tenho a memória repleta e a areia branca da praia deserta das manhãs de Verão compeltam o meu olhar agora centrado em tudo o que aprendi.Por isso, digo o que aprendi, digo o que esqueci, digo o que espero.
Confesso que quero um abraço, um beijo de despedida. Confesso que a melhor e inultrapassavél surpresa seria uma visita, confesso que por trás de um sorriso brilhante, caiem lágrimas de desespero, tão salgadas como o mar, pelo que se torna amargo ver-vos apartir, quando sou eu que estou em movimento-pleno movimento.
Digo o que choro, digo o que quero, digo o que espero... Falo por momentos de tudo o que ficou por dizer e de tudo o que não devia ter dito. Penso que ainda não sei o que são erros a sério, e que as confirmações que tenho e de coisas paupáveis. A cada esquina está um futuro diferente, inesperado, surpreendente e eu não falo do que esqueci, mas sorrio ao que recordo, nesse passado tão remoto.
Aqui, longe, (mas perto), no sítio onde espero o comboio da mudança, justifico porque choro, confesso o que sonho, anseio um abraço, sonho com o regresso. Aqui, longe, digo o que espero.
Canto esperança, trauteio o passado, são magia, encanto, brilho, sorriso, orgulho!
Cada olhar, cada gesto, cara suspiro, raio de sol, são seus... não fazem parte de mim, constroem-me!
São tudo!