Explode!
Eu escolho-me.
(Não me encolho).
Eu escolho ser.
Escolho sorrir, sonhar, voar,
escolho muito viver -
viver tanto,
viver tudo,
ver o mundo.
Escolho os verbos bons,
Não os de bom tom,
Mas os inteiros,
completos, repletos,
que marcam a vida,
que marcam a alma.
Os que deixam o mundo menos feio,
e me deixam de coração cheio.
Escolho-me a mim e
às opções fáceis:
fáceis de lembrar,
fáceis de querer para sempre,
fáceis de fazer levitar.
Acreditar.
Escolho os arrepios na espinha
e as lágrimas do não correspondido,
Em vez do que não vi, não foi, não houve,
do que nunca seria vivido.
Porque prefiro essas sensações,
emoções,
mesmo que incluam ilusões,
frustrações,
deceções, desilusões.
E que tudo em mim vibre,
Tudo em mim deseje,
Tudo em mim brilhe,
e ria,
e viva.
Ai a vida!
Boa vida,
Tão bela de ser vivida.
E que eu guarde em mim
os sonhos todos do mundo,
Lá bem de cima,
Lá bem do topo,
Até ao meu eu mais profundo.
Que eu viva bem,
esse fogo que arde e ninguém vê,
sem almas pequenas,
sem corações de pedra,
sem perder tempo,
sem me apressar.
E a acreditar...
Sempre a acreditar.
Respira:
Inspira,
Suspira
Expira...
Explode!
Acredita
E não pira!
E que eu beije,
eu veja,
eu sinta,
eu tenha,
eu seja.
Que eu seja tão eu,
que não saiba se vivo ou se sonho.
E que me escolha sempre a mim,
ao meu início,
ao meu meio
ao meu eu inteiro,
ao meu fim.
Acredito em mim.